Neuroliderança: a ciência por trás da gestão de pessoas

25 de abril de 2025

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    🖊️ Artigo escrito por:

    Bruna Hartmann

    Consultora especialista em Neuroliderança   Engenheira Mecânica e Treinadora Comportamental com foco em Business | Fundadora do HART Instituto de Desenvolvimento Humano | www.hartinstituto.com.br

    Tudo o que uma empresa precisa para construir uma história de sucesso é um time forte, unido e um valor essencial: confiança.


    A neuroliderança, baseada no funcionamento do nosso próprio cérebro, explica como alcançar os melhores resultados e extrair o máximo potencial de cada um.


    O que é neuroliderança?


    Airbnb e Uber hoje são alguns dos maiores nomes de marcas conhecidos. O Airbnb, na área hoteleira, sem uma propriedade sequer, e a Uber, na área de transporte, não possui nenhum automóvel.


    A pergunta então é: qual o segredo desse sucesso? Joe Gebbia, co-fundador do Airbnb, falou em uma palestra do TED Talks que a base de tudo é a confiança mútua entre fornecedor e cliente, e isso vale para qualquer negócio.


    Como em uma empresa os colaboradores são seus primeiros clientes, a base das relações dentro dela deve ser a confiança. Mas como construir uma equipe com tal valor tão forte?


    A resposta é a neuroliderança, uma forma de liderança completamente embasada em neurociência, que só foi possível de ser desenvolvida a partir do entendimento do genoma humano e da química cerebral. 


    A neuroliderança aplica os conhecimentos de neurociência em áreas da liderança como motivação, colaboração, gestão de mudanças, resolução de problemas, tomada de decisão, gestão das emoções e muitas outras.

    

    A partir do funcionamento cerebral, trabalha com fatores inconscientes de comportamento para encontrar a melhor forma de liderar cada pessoa dentro de cada equipe. Assim, é possível minimizar possíveis ameaças e maximizar produtividade e resultados. 

    A importância da gestão das emoções para a neuroliderança 


    Como tudo o que uma pessoa faz e sente é processado e fica armazenado em seu cérebro, com o entendimento do seu funcionamento, desenvolvem-se metodologias de trabalho e gestão com resultados mais rápidos e assertivos.


    Os principais neurotransmissores que estão relacionados ao comportamento e estados de humor também têm papel importante: a dopamina é responsável pela motivação e recompensa, a serotonina pelo bem-estar e regulação emocional, a ocitocina está relacionada à confiança e conexões interpessoais, e o cortisol ao estresse. 


    Todas as trilhões de conexões entre neurônios de um cérebro humano trabalham diretamente com esses neurotransmissores que, além de possibilitar o raciocínio, também geram reações emocionais.


    Como os seres humanos funcionam à base de ligações emocionais, um líder que utiliza dessas emoções para criar uma relação de confiança e gerar motivação e comprometimento em seus liderados está aplicando diretamente a neuroliderança. 


    Neurolíderes usam da inteligência emocional para responder da forma mais adequada a cada pessoa e a cada situação, para ser o líder que cada um de sua equipe precisa, expressando emoções com comunicação verbal (palavras de afirmação e tom de voz) e não-verbal (linguagem corporal, expressões faciais e postura).


    Isso porque uma empresa necessita da expressão cognitiva, emocional e física de seus colaboradores, que são as verdadeiras engrenagens que a fazem funcionar. 

    Habilidades aprimoradas com neuroliderança 


    Dados mostram cada vez mais a importância de desenvolver habilidades interpessoais (soft skills), pois a maioria das pessoas é contratada por suas habilidades técnicas (hard skills) e demitida pela falta de soft skills.


    O que os líderes das empresas precisam perceber urgentemente é que as habilidades necessárias para executar determinada função são aprendidas muito mais facilmente do que a capacidade de se comunicar e trabalhar em equipe, por exemplo. 


    Introduzir uma nova habilidade ou novo hábito dentro do âmbito emocional é um desafio muito maior, pois o cérebro é programado para poupar energia ao máximo. 


    Ainda que a neurociência traga o conceito de neuroplasticidade, de se adaptar a novas situações, ela não ocorre sem esforço ativo. Assim, a neuroliderança apresenta maneiras de contornar essas situações ao estimular talentos ao invés de focar em outras habilidades não tão naturais.


    Trata-se de trazer o ponto forte de cada um como contribuição para o time, incentivo esse que gera motivação e contribui para o senso de autoconfiança de cada um. 


    Estudos apontam que a maioria das pessoas prefere ter mais autonomia no trabalho do que um aumento salarial. E que melhor maneira de nutrir a autoconfiança e a própria confiança entre funcionários do que com autonomia? Uma atitude que pode parecer simples, mas que estimula tanto o cognitivo quanto o emocional, tanto o individual quanto o coletivo. Assim, é desenvolvido um time com uma base forte e muito potencial de inovação a ser explorado. 

    São as pessoas que constroem uma empresa de sucesso 


    A neuroliderança traz o time para perto e dá valor às experiências e opiniões de cada um, mantendo todos alinhados com o mesmo propósito em direção ao caminho da criatividade e inovação.


    Albert Einstein uma vez disse: “Levantar novas questões, novas possibilidades, encarar problemas antigos sob um novo ângulo requer imaginação criativa e marca o verdadeiro avanço científico”. Ou seja, um neurolíder que motiva e inspira seu time a encontrar novas soluções para os mesmos desafios possui em suas mãos uma mina de ouro. O lucro vira uma consequência natural. 


    Segundo uma pesquisa de 2017, uma empresa com alto nível de confiança entre as pessoas que implementa a neuroliderança possui 50% mais produtividade, metade do número de demissões, 70% mais engajamento, 56% mais satisfação com o trabalho, 74% menos estresse e 40% menos burnout, se comparada a uma empresa com baixo nível de confiança.


    Isso mostra como a neuroliderança usa foco em pessoas para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um e traz o entendimento de que os colaboradores são as peças mais fundamentais de qualquer empresa, porque um CEO sozinho não faz uma empresa funcionar.


    As pessoas são a chave do sucesso e a neuroliderança vem de encontro a essa visão de gestão e crescimento empresarial. 


    Conclusão 


    Em um mundo complexo com mercados cada vez mais competitivos e em constante mudança, a dependência das empresas em seus colaboradores chama a atenção. 


    A neuroliderança vem para implementar uma gestão de pessoas com reconhecimento, autonomia, comunicação aberta, formação intencional de relações com laços de confiança e vulnerabilidade. 


    Ela encontra o perfeito equilíbrio entre a resolução dos desafios técnicos e a gestão das emoções, dois fatores essenciais que devem caminhar juntos em direção ao sucesso. 


    💡 Quer saber mais sobre neuroliderança? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo:


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