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Motivar equipes é uma das funções mais estratégicas e sensíveis da liderança contemporânea. Muito além de bônus financeiros ou discursos inspiradores, o verdadeiro motor da motivação está em fazer com que cada pessoa se sinta pertencente, reconhecida e valorizada.
Com demandas e ambientes cada vez mais dinâmicos, ações consistentes e inteligentes se fazem necessárias. Este artigo apresenta o senso de pertencimento aplicado para transformar o clima organizacional e impulsionar o engajamento de suas equipes.
Em tempos de mudanças rápidas, tecnologias disruptivas e ambientes corporativos cada vez mais desafiadores, manter equipes motivadas se tornou essencial para qualquer liderança. Muitos ainda acreditam que recompensas financeiras, metas agressivas ou discursos de impacto são os principais motores da motivação.
No entanto, o que realmente engaja as pessoas é algo muito mais simples e intrínseco ao ser humano do que se imagina: o senso de pertencimento. Ao se sentirem parte de algo maior e saberem que suas ações têm significado, as pessoas se sentem importantes e veem o seu trabalho como algo valorizado.
Cientificamente falando, o senso de pertencimento é uma necessidade humana fundamental, que impacta na autoestima, no engajamento e na disposição em colaborar para o trabalho em equipe. Em um contexto organizacional, pertencer significa sentir que sua voz é ouvida, que seus talentos são reconhecidos e que sua presença faz diferença.
Quando líderes constroem esse ambiente, os benefícios são claros: maior produtividade, expansão da criatividade, menor rotatividade e um clima organizacional mais saudável. Por outro lado, empresas nas quais os colaboradores se sentem invisíveis ou facilmente substituíveis tendem a gerar apatia, baixa performance e altos índices de rotatividade.
A Disney é uma empresa que entende esse conceito profundamente e o aplica de forma primorosa: os seus colaboradores são chamados de "elenco" e são treinados para perceber que são peça-chave na criação da "magia" da marca. Seja varrendo o parque ou dirigindo uma grande produção, todos têm clareza da sua importância para o todo.
Assim como na Disney, onde toda a “magia” é uma missão vivida no dia a dia, líderes de qualquer setor devem ajudar suas equipes a ver como cada pequena tarefa contribui para algo significativo.
As pessoas se engajam mais quando sabem por que estão fazendo algo e para quem estão trabalhando, e lideranças eficazes reforçam continuamente a missão e os valores da organização, conectando cada tarefa ao propósito maior.
Quando os colaboradores percebem que seu trabalho é notado, eles se sentem parte vital do grupo e do produto ou serviço final. Essa prática reforça a autoestima profissional e fortalece o compromisso com a equipe.
O reconhecimento é um dos combustíveis mais poderosos da motivação, não se tratando apenas de premiações formais, mas do reconhecimento cotidiano, como o ato de agradecer, elogiar esforços e celebrar conquistas. Também é importante ter em mente que nem todos se motivam da mesma forma, por isso a necessidade de conhecer bem sua equipe.
Mas, de uma maneira geral, um time motivado é aquele que sente liberdade para expressar ideias, errar e aprender sem medo de punições ou humilhações, o que caracteriza um ambiente com segurança psicológica, conceito popularizado por Amy Edmondson.
É essencial para o desenvolvimento do senso de pertencimento que líderes criem espaços onde o erro é tratado como aprendizado e onde perguntas e opiniões são bem-vindas, pois é dessa forma que a inovação e a confiança florescem.
Além disso, a autonomia também gera senso de protagonismo e responsabilidade. Um estudo divulgado pelo Citigroup e LinkedIn mostra que quase metade dos profissionais preferiria mais autonomia no trabalho do que um aumento salarial de 20%.
Assim, delegar tarefas de maneira estratégica, permitindo que a equipe tome decisões e proponha soluções, é uma das formas mais eficazes de fazer as pessoas se sentirem parte da construção dos resultados. Essa abordagem fortalece a confiança, melhora a colaboração e contribui para o sucesso organizacional a longo prazo.
Para criar uma cultura de melhoria contínua que cultive um ambiente com senso de pertencimento, reconhecimento, segurança e autonomia, existe ainda mais um elemento essencial: o feedback.
O feedback é dado pela liderança, que inclui tanto as palavras utilizadas para expressá-lo, quanto a periodicidade em que ele acontece. Um artigo publicado na Forbes enfatiza a importância de fornecer feedback positivo de maneira eficaz para impulsionar o desempenho e o engajamento das equipes evitando generalizações, pois é fundamental reconhecer os esforços dos colaboradores de forma autêntica e individualizada.
A prática consistente de feedback positivo não apenas reforça comportamentos desejados, mas também fortalece a confiança entre líderes e equipes, promovendo uma cultura organizacional saudável e produtiva.
Isso vai de encontro a tendências recentes de diminuição do uso de sistemas de avaliação numérica de trabalho, nos quais métricas são utilizadas para avaliar capacidades subjetivas, o que os torna pouco efetivos e impessoais. Uma vez feita a média das capacidades atingidas por uma pessoa, ela camufla tanto suas forças quanto fraquezas, o que dificulta o trabalho da liderança no incentivo dos pontos fortes e mitigação dos pontos fracos.
Dessa forma, um feedback do tipo narrativo considera cada uma das partes do indivíduo e as alinha com sua história dentro da empresa. Pontuando especificamente a capacidade X que foi usada na tarefa Y e gerou o resultado Z, a comunicação do feedback se torna objetiva, porém pessoal.
Somado a isso, pode-se aplicar a razão de Gottman, que estudou o número de interações positivas para uma negativa em relações interpessoais e encontrou a razão 5:1. Esse modelo, também conhecido como Linha de Losada, é uma ferramenta poderosa de feedback para motivar as equipes na medida certa com embasamento científico.
Motivar equipes vai muito além de técnicas pontuais ou discursos motivacionais. A verdadeira motivação nasce quando cada pessoa sente que pertence a algo maior e que sua contribuição é essencial para o sucesso coletivo. Líderes que entendem essa lógica constroem organizações mais resilientes, criativas e humanas.
O senso de pertencimento, a forma como feedbacks são dados, o cuidado com a individualidade, a autonomia equilibrada e a eliminação de práticas desmotivadoras são alguns dos pilares essenciais para lideranças que desejam equipes mais engajadas, criativas e resilientes.
Assim como a Disney construiu sua cultura de encantamento a partir do cuidado com seu elenco interno, líderes de qualquer organização têm hoje a oportunidade de construir ambientes onde o sucesso seja apenas uma consequência natural desse pertencimento genuíno.
💡 Quer saber mais sobre motivação de equipes? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo:
Por Bruna Hartmann
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