As principais contribuições da tecnologia para saúde, segundo esses especialistas

Olivia Baldissera • 5 de novembro de 2025

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    A tecnologia não veio para substituir o toque humano na saúde, mas para devolvê-lo aos profissionais.

    Esse foi um dos principais consensos do evento Saúde Estratégica: cenários, desafios e oportunidades, realizado pela FDC Pós Online em 4 de novembro, que reuniu três profissionais referência em gestão de saúde: 

    • Alceu Alves da Silva, Vice-Presidente da MV e Membro Titular da Academia Brasileira de Administração Hospitalar, com mais de 40 anos de atuação em instituições como Hospital Mãe de Deus e Hospital de Clínicas de Porto Alegre; 
    • Andrey Abreu, Diretor Corporativo de Tecnologia da MV, especialista em IA, Cloud e Cybersecurity com mais de 20 anos em transformação digital na saúde; 
    • Juliana Silveira Teixeira, enfermeira e especialista em Gestão da Saúde, com mais de 15 anos de experiência em hospitais de referência e holdings de saúde, incluindo Rede Mater Dei e Unimed-BH.

    Alceu Alves da Silva e Juliana Silveira Teixeira também são professores do programa Estratégia e Gestão de Negócios em Saúde da FDC Pós Online

    Confira a seguir os principais insights do evento. 

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    Tecnologia na saúde fomentou longevidade, mas também trouxe desafios 

    Alceu Alves da Silva apresentou o que chamou de equação matemática que o setor de saúde precisa resolver. "Nós estamos vivendo mais, o que é um fator importantíssimo para a sociedade. Entretanto, isso traz consigo uma série de questões novas que precisam ser superadas", explicou. 

    O coordenador da FDC Pós Online destacou as doenças crônicas e o aumento significativo da utilização de serviços de saúde, especialmente na fase em que surgem as doenças cardiocerebrovasculares e oncológicas. 

    "Quem sustenta a longevidade, entre outras razões, é a tecnologia", afirmou Silva, ressaltando que isso inclui não apenas equipamentos, mas novos processos de segurança e procedimentos cirúrgicos. 

    O resultado dessa equação? “Não há como pensar em eficiência e sustentabilidade sem o uso da tecnologia. Mas ela é meio, não fim”, alertou o professor. 

    Ele defendeu que o futuro da gestão em saúde passa pela profissionalização e pela visão estratégica de líderes capazes de usar tecnologia para gerar resultados assistenciais e econômicos. 

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    Comandos por voz como tecnologia promissora para a saúde 

    Para Andrey Abreu, diretor corporativo de tecnologia na MV, a tecnologia para saúde deve libertar, e não sobrecarregar, os profissionais. Ele destacou os avanços das tecnologias de voz, como sistemas de transcrição automática e agentes conversacionais. 

    Segundo Abreu, as tecnologias de transcrição e comandos de voz reduzem 33% do tempo pós consulta e 20% do burnout médico. Isso representa uma mudança de paradigma. 

    "O médico saiu do papel e foi para o prontuário eletrônico. Com essas tecnologias, ele não vai precisar mais de prontuário eletrônico nem do papel. Ele não terá mais que escrever, ele pode só falar", destacou o especialista, traçando um paralelo com o WhatsApp como exemplo de ferramenta universal de comunicação. 

    Para Alceu Alves da Silva, essa tecnologia é crucial para resolver um problema crônico: "Nós levamos um mundo de procedimentos burocráticos para dentro das áreas assistenciais, especialmente para os médicos e para os enfermeiros. Com isso, afastamos esses profissionais do tempo fundamental que eles têm para exercer a sua função precípua de prestar assistência". 

    "A gente criou uma rotina que acaba deslocando o profissional do cuidado, do olho no olho, do toque. E são essas conexões que, de fato, trazem um atendimento diferenciado", complementou Juliana Silveira Teixeira com a perspectiva da enfermagem. 

    O desafio do letramento digital no uso de tecnologias na saúde 

    Um dos temas centrais do debate foi o letramento digital de quem trabalha na saúde. Andrey Abreu lembrou que a tecnologia não veio para substituir as pessoas, mas quem não aprende a usá-la pode se tornar irrelevante. 

    Ele citou o exemplo da transição do papel para a prescrição digital, que trouxe vantagens competitivas, mais tempo na rotina e maior segurança para o paciente. 

    Já a professora Juliana Silveira Teixeira reforçou o papel das lideranças na formação de equipes aptas a lidar com as novas ferramentas. “A alfabetização tecnológica já é uma habilidade essencial. A tecnologia aumenta a segurança assistencial e permite que os profissionais retomem o foco no paciente”, explicou. 

    O papel educador dos profissionais de saúde 

    Teixeira trouxe um conceito importante para o debate: o letramento em saúde como "sexto sinal vital". Ele é definido como a capacidade de obter, processar e compreender informações sobre saúde e autocuidado. 

    Um baixo letramento em saúde pode levar a uma sobrecarga do sistema. Só nos Estados Unidos, por exemplo, 36% da população tem essa dificuldade num grau importante e gera um custo de, pelo menos, 50 bilhões de dólares por ano por complicações e internações geradas. 

    Para a professora da FDC Pós Online, a solução está na tradução adequada da linguagem médica. "A nossa linguagem é voltada para os profissionais de saúde. Quando eu estou na assistência e falo algo muito técnico, quem eu estou alcançando? Às vezes só um público de uma especialidade", alertou. 

    Ela destacou ainda que profissionais de saúde são educadores por natureza, além da clareza na comunicação ser um fator decisivo para a adesão ao tratamento e para a segurança do paciente. 

    Inteligência artificial: entre o apoio e o discernimento humano 

    A IA foi tratada pelos três especialistas como uma aliada estratégica, mas que exige cautela e discernimento. 

    Andrey Abreu foi enfático: "A tecnologia precisa ser um meio para potencializar aquilo que fazemos bem". Ele citou como exemplo as tecnologias de transcrição, que reduzem a burocracia médica e permitem que o profissional de saúde converse com o paciente sem ter que olhar para a tela do computador. 

    Juliana Teixeira reforçou que a tecnologia traz segurança aos processos assistenciais. "Hoje a inteligência artificial consegue trazer um refinamento na análise de dados que dá muita segurança", explicou, citando o exemplo dos laudos de exames. "As barreiras mais eficazes para mitigar riscos estão no uso de tecnologias". 

    Sobre a possibilidade de substituição dos profissionais, Alceu Alves da Silva foi categórico: “A IA não vai substituir o profissional, mas quem souber usá-la será muito melhor do que quem não souber”. 

    No entanto, os especialistas alertaram para desafios práticos. Abreu destacou questões de segurança: "Quando fazemos o upload de um relatório interno da nossa instituição no ChatGPT, o documento está público. E ninguém está olhando para isso". Ele também mencionou a necessidade de regulamentação: "Inteligência artificial que dá diagnóstico precisa ter registro na Anvisa". 

    O Diretor Corporativo de Tecnologia da MV lembrou que muitas instituições ainda “deixam a tecnologia no escuro”, aplicando soluções sem planejamento. Ele reforçou a necessidade de planos diretores de transformação digital, com governança, segurança da informação e integração entre setores. 

    “Não basta comprar tecnologia. É preciso saber por que, onde e para quem ela será aplicada”, concluiu. 

    Preparando líderes para a saúde do futuro 

    O evento foi encerrado com um convite à formação de lideranças capazes de integrar estratégia, gestão e tecnologia para saúde. 

    “A sociedade merece serviços de saúde mais competentes, responsivos e baseados em dados. E é para isso que a Fundação Dom Cabral está aqui”, finalizou Alceu Alves da Silva. 

    A pós-graduação em Estratégia e Gestão de Negócios em Saúde da FDC Pós Online foi criada para formar esses líderes: profissionais que unem visão sistêmica, eficiência operacional e domínio das tecnologias emergentes. 

    Perguntas frequentes sobre tecnologia para saúde 

    Qual a importância da tecnologia para a saúde?

    A tecnologia é essencial para a sustentabilidade e eficiência do sistema de saúde, permitindo que profissionais atuem com base em evidências, reduzam custos e ofereçam um atendimento mais personalizado e humanizado. 

    Como a tecnologia contribui para a saúde?

    A tecnologia contribui para a saúde ao agilizar processos clínicos, ampliar a precisão diagnóstica, reduzir erros médicos e liberar tempo para o cuidado humano. Ela também permite integrar dados e aprimorar a tomada de decisão. 

    A tecnologia vai substituir o toque humano na área da saúde?

    Não. A tecnologia deve devolver tempo e empatia aos profissionais, reduzindo tarefas burocráticas e permitindo que médicos e enfermeiros se concentrem no cuidado e na relação humana com o paciente. 

    Quais são os principais desafios no uso de tecnologia para saúde?

    Os maiores desafios envolvem letramento digital, segurança da informação, integração entre sistemas e regulamentação de ferramentas de IA. O sucesso depende de governança e capacitação contínua. 

    Como as tecnologias de voz estão sendo aplicadas na saúde?

    Ferramentas de comando e transcrição por voz reduzem o tempo de registros médicos e diminuem o burnout, permitindo que o profissional se concentre na conversa e no atendimento ao paciente. 

    O que é letramento digital na área da saúde?

    É a capacidade de compreender, avaliar e aplicar ferramentas digitais no dia a dia profissional. Essa habilidade é fundamental para o uso seguro e eficiente de tecnologias clínicas e administrativas. 

    Quais são os benefícios da inteligência artificial na saúde?

    Os principais benefícios são: 

    • Precisão diagnóstica aprimorada; 
    • Agilidade na análise de dados clínicos; 
    • Redução de erros e custos operacionais; 
    • Personalização de tratamentos; 
    • Maior eficiência administrativa e assistencial. 
    O que é letramento em saúde e por que é chamado de “sexto sinal vital”?

    É a capacidade de entender e aplicar informações médicas no autocuidado. É considerado o “sexto sinal vital” por influenciar diretamente na adesão ao tratamento e na prevenção de doenças. 

    *Conteúdo produzido com o apoio de IA. 

    Por Olivia Baldissera

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