Desafios da inteligência artificial aplicada nas organizações

Olivia Baldissera • 8 de setembro de 2025

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    Implementar inteligência artificial nas organizações não é apenas uma questão de adotar a tecnologia mais avançada.

    O verdadeiro desafio está em transformar algoritmos em resultados concretos, capazes de gerar eficiência, reduzir custos e criar vantagens competitivas reais.

    Esse foi o ponto inicial do evento “IA nas organizações: a travessia entre teoria e prática”, realizado pela FDC Pós Online em 4 de setembro de 2025. Quem falou sobre o assunto foi Roberto Nalon, CTO da Big Data, doutor em Ciência da Computação pela UFMG e pesquisador visitante na New York University (NYU).

    A mediação foi feita por Tiago Moura, mestre em Ciência da Computação pela UFMG, cofundador da Hop AI, especialista master em IA no Banco Inter e coordenador do curso IA Aplicada à Gestão Empresarial da FDC Pós Online.

    Confira a seguir os principais insights do debate.

    Poster for an online post-graduate course. Person on a bridge, text:

    Onde as organizações patinam na aplicação de IA

    Inicialmente, a inteligência artificial aplicada nas organizações enfrentava barreiras claras, como a resistência das pessoas à tecnologia, a disponibilidade e qualidade dos dados, e as preocupações com segurança e privacidade.

    Roberto Nalon, CTO da Big Data, observa que a popularização da IA, especialmente com o advento de ferramentas como o ChatGPT, mitigou a resistência inicial e melhorou a percepção sobre a capacidade da IA.

    A qualidade e disponibilidade de dados também evoluíram significativamente, e os avanços técnicos em segurança e privacidade, impulsionados pela computação em nuvem, endereçaram muitas das preocupações iniciais.

    No entanto, um novo desafio emergiu, antes ofuscado pelos obstáculos técnicos: a dificuldade de alinhamento entre as áreas de negócio e tecnologia.

    “A minha percepção é que, especialmente de 2022 para cá, o que mais trava não é a tecnologia, mas o alinhamento entre pessoas, áreas e expectativas. Muitas vezes, negócio e tecnologia parecem falar línguas diferentes”, pontuou Nalon.

    O CTO da Big Data destacou que a velocidade com que a IA avançou criou um gap entre o que a tecnologia pode fazer e a capacidade das organizações de integrar isso aos seus processos e problemas reais.

    Tiago Moura complementou com uma visão prática do problema: “Dois terços dos projetos morrem na hora de ir para produção. E não é porque o algoritmo falha, mas porque os processos da empresa não estão preparados para receber a solução.”.

    Ele citou como exemplo um algoritmo de precificação que gera os melhores preços, mas que não pode ser implementado se a empresa só consegue mudar preços mensalmente. A falta de processos e o desalinhamento entre as expectativas das áreas de negócio e tecnologia são os principais entraves.

    An ad featuring Tiago Moura, promoting an exclusive interview about AI in business, with a call to action:

    IA generativa X IA tradicional: entendendo as aplicações

    Uma confusão comum, especialmente após 2022, é rotular toda a IA como IA generativa.

    Roberto Nalon esclareceu que, embora a IA generativa tenha ganhado popularidade pela sua facilidade de uso e aplicações em tarefas operacionais e criativas (como roteiros de viagem ou otimização de e-mails), a IA preditiva e prescritiva ainda domina as aplicações de negócio de ponta.

    “Na Big Data, 100% dos produtos que entregamos hoje são preditivos ou prescritivos. A generativa usamos internamente, mas o valor para clientes vem da predição de demanda, precificação, otimização de marketing, entre outros”, explicou.

    Tiago Moura compara a IA generativa ao "pacote Office turbinado", enfatizando seu potencial para aumentar a produtividade individual. “Mas quando o assunto é antecipar crises, prever cenários ou otimizar processos, a força está nas ferramentas de IA tradicionais”, ressaltou.

    O coordenador da FDC Pós Online alertou para o perigo de considerar a IA generativa como uma panaceia. Para Moura, ela é excelente para tarefas de apoio e otimização de processos internos, mas não substitui a necessidade de IA tradicional para problemas de negócio complexos que exigem precisão e análise de dados históricos.

    A escolha do problema certo para aplicar IA nas organizações

    Ambos os palestrantes reforçaram que muitos fracassos em IA não têm origem técnica, mas na escolha equivocada do problema a ser resolvido. Tentar aplicar a IA sem um problema bem definido pode levar a projetos caros e sem retorno.

    “A inteligência artificial é horizontal. Pode ser aplicada a qualquer coisa, do café até a precificação de estoques. Mas se você escolhe um problema irrelevante ou tangencial, o retorno será baixo e a percepção de que ‘IA não funciona’ cresce”, explicou Moura.

    Nalon acrescentou que a IA deve ser vista como meio e não como fim e que o ponto de partida deve ser sempre a dor real do negócio: “Comece pela dor. Às vezes ela não está clara no início, mas espremer o problema certo é metade do caminho para o sucesso.”.

    Da teoria à prática da inteligência artificial aplicada

    O debate também abordou o "abismo entre o laboratório e a produção", ou seja, a dificuldade de levar experimentos bem-sucedidos de IA para a escala real de uma empresa.

    Roberto Nalon sugere a abordagem de "canary deploy", onde a solução é implementada gradualmente, com métricas bem definidas para demonstrar valor. “Não adianta provar valor só no laboratório. É preciso mostrar resultado em etapas, ganhar confiança das áreas e depois escalar”, aconselhou.

    Aspectos culturais da inteligência artificial aplicada nas organizações

    Além dos desafios técnicos e de processo, os aspectos culturais desempenham um papel fundamental na adoção da IA.

    A frustração com projetos malsucedidos, em que a tecnologia foi aplicada ao problema errado, pode gerar uma aversão à IA, mesmo que ela seja a solução adequada para outros problemas da empresa.

    Outro ponto cultural relevante é o medo da substituição. Roberto Nalon observou que, muitas vezes, a tecnologia é vista como uma ameaça, levando as pessoas a resistirem à sua adoção. Entretanto, isso é um erro.

    “O objetivo não é substituir pessoas, mas liberar tempo para que se concentrem em tarefas de maior valor agregado”, afirmou.

    Moura reforçou que a combinação homem-máquina é a que gera melhores resultados: “Há coisas que a IA não fará, como improvisar em situações inéditas. Criatividade e abstração ainda são humanas. Por isso, os melhores resultados vêm da associação, não da substituição.”.

    Por fim, a resistência à mudança, baseada em "conhecimento tácito" e experiências passadas, também é um obstáculo. Profissionais com anos de experiência podem acreditar que "aqui é assim, isso aí não funciona, faço isso há 30 anos".

    No entanto, a IA, com sua capacidade de processar vastas quantidades de informação e identificar padrões que o olho humano não consegue, pode desafiar esses vieses e abrir novas perspectivas.

    O caminho para a inteligência artificial aplicada nas organizações

    O evento "IA nas organizações: a travessia entre teoria e prática" deixou claro que o sucesso na implementação de projetos de IA depende menos de algoritmos e mais de perguntas bem-feitas, problemas bem escolhidos e líderes capazes de traduzir dados em gestão.

    Para aqueles que buscam aprofundar seus conhecimentos e se capacitar para liderar essa transformação, o curso IA Aplicada à Gestão Empresarial da FDC Pós Online oferece a ponte necessária entre a teoria e a prática, formando profissionais capazes de pensar com IA e gerar impacto imediato em suas decisões.

    Perguntas frequentes sobre inteligência artificial aplicada nas organizações

    O que é inteligência artificial aplicada?

    Inteligência artificial aplicada é o uso prático da IA para resolver problemas de negócio, gerar eficiência, reduzir custos e criar vantagem competitiva. Vai além da tecnologia em si e envolve integração com processos, pessoas e estratégias.

    Qual a diferença entre IA tradicional e IA generativa?

    A IA tradicional (preditiva e prescritiva) é mais usada em empresas para prever cenários, otimizar processos e apoiar decisões estratégicas. Já a IA generativa tem destaque em tarefas criativas e de produtividade individual. 

    Quais são as aplicações práticas da IA?

    Entre as aplicações práticas da inteligência artificial aplicada estão: 

    • Chatbots e assistentes virtuais que agilizam o atendimento ao cliente. 
    • Sistemas de recomendação, como os usados por Netflix, Spotify e Amazon. 
    • Modelos preditivos, que antecipam demanda, reduzem custos e melhoram a tomada de decisão. 
    • Visão computacional, usada em áreas como medicina (exames de imagem) e indústria (controle de qualidade). 
    • Análise de sentimentos e linguagem natural, aplicada a pesquisas de mercado e atendimento digital. 
    Quais são os principais desafios da inteligência artificial aplicada nas empresas?

    Entre os desafios estão: 

    • Alinhamento entre áreas de negócio e tecnologia. 
    • Escolha de problemas relevantes para aplicação. 
    • Dificuldade de levar projetos do laboratório para produção. 
    • Resistência cultural e medo de substituição de pessoas. 
    • Expectativas desalinhadas sobre prazos e resultados. 
    Como aplicar inteligência artificial de forma eficiente em uma organização?

    A aplicação eficiente de IA depende de: 

    • Começar pela dor real do negócio. 
    • Garantir processos preparados para receber a solução. 
    • Definir métricas claras de valor. 
    • Testar em pilotos menores (como o canary deploy) antes de escalar. 
    • Engajar equipes e mostrar como a IA complementa o trabalho humano. 
    Quais são os benefícios da inteligência artificial aplicada nos negócios?

    Os principais benefícios incluem: 

    • Eficiência operacional e redução de custos. 
    • Previsão de demanda e otimização de estoques. 
    • Precificação mais precisa. 
    • Personalização de atendimento e marketing. 
    • Apoio a decisões estratégicas com base em dados. 
    A inteligência artificial aplicada substitui pessoas?

    Não. O objetivo da IA aplicada é liberar tempo das pessoas para tarefas de maior valor agregado. A combinação entre inteligência humana e capacidade analítica da IA é o que gera os melhores resultados.

    Quais competências um profissional precisa para atuar com inteligência artificial aplicada?

    É essencial ter: 

    • Fundamentos sólidos em dados e tecnologia. 
    • Capacidade de entender problemas de negócio. 
    • Comunicação clara para alinhar áreas técnicas e estratégicas. 
    • Conhecimento em metodologias ágeis para implementação. 
    • Postura aberta à mudança e aprendizado contínuo. 
    Qual é o impacto da IA no futuro?

    O impacto da inteligência artificial aplicada no futuro será profundo: 

    • Transformação dos empregos, com automação de tarefas repetitivas e valorização de funções criativas e estratégicas. 
    • Maior eficiência organizacional, com processos otimizados e decisões baseadas em dados. 
    • Avanços na saúde e bem-estar, desde diagnósticos mais rápidos até medicina personalizada. 
    • Novos modelos de negócio, impulsionados por dados e inovação contínua. 
    •  Ao mesmo tempo, haverá desafios éticos, regulatórios e culturais que exigirão governança responsável para equilibrar inovação com proteção de direitos. 
    Quais são os cursos de IA recomendados?

    Os cursos mais recomendados de inteligência artificial aplicada são aqueles que unem fundamentos técnicos e aplicações práticas em negócios. É o caso da pós-graduação em IA Aplicada à Gestão Empresarial da FDC Pós Online, voltada para líderes e gestores.

    *Este conteúdo foi produzido com o apoio de IA.

    Por Olivia Baldissera

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