O que é GRC (Governança, Risco e Compliance)?

Bruna Hartmann • 7 de outubro de 2025

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    Com o advento das rápidas mudanças no mundo corporativo, juntamente com as constantes atualizações de normas que as acompanham, é necessário pensar no gerenciamento de riscos sob uma nova perspectiva.

    As empresas se veem sob uma pressão constante de encontrar o equilíbrio entre criar valor e se destacar no mercado, ao mesmo tempo em que devem estar sempre de acordo com as novas regulamentações que surgem a todo momento. Ou seja, trata-se de um cenário de imprevisibilidade junto a um rápido crescimento de competitividade.

    Assim, inovar na maneira em que se faz a gestão de GRC (Governança, Risco e Compliance) pode ajudar na criação e melhor aproveitamento de oportunidades, na previsão de possíveis riscos e no cumprimento de regras à risca para suprir as expectativas de investidores e clientes.

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    Conceito e histórico do GRC (Governança, Risco e Compliance)

    O GRC consiste na combinação dos três conceitos, que antes eram praticados separadamente, em um único, o que garante uma visão mais estratégica do todo de uma empresa. Primeiramente, a Governança é o conjunto de princípios e normas empresariais utilizados como guia para definir responsabilidades e alcançar metas e objetivos. 

    Já o Gerenciamento de Riscos envolve todo tipo de risco, seja financeiro, jurídico ou de segurança, e inclui a tomada de medidas e ações para identificar, corrigir e evitar que eles aconteçam novamente, prevenindo problemas e minimizando perdas. 

    Por último, o Compliance consiste em estar em conformidade, ou seja, em obedecer a todos os requisitos legais e regulatórios estabelecidos para assegurar que a empresa esteja de acordo com as normas e leis.

    Da união desses conceitos surge o GRC (Governança, Risco e Compliance), que a IBM define como “uma estratégia usada para adequar as atividades de uma empresa com o fim de cumprir as regulamentações governamentais do setor e gerenciar a governança e riscos de TI”.

    Apesar de a definição da IBM mencionar apenas a área de TI, os princípios do GRC norteiam a implantação de processos e soluções em outros departamentos, como o jurídico, o financeiro, o RH, a diretoria executiva e o conselho das organizações. O principal objetivo é auxiliar a organização como um todo a alcançar resultados de negócio de forma responsável.

    GRC 1.0

    Para chegar até o que se tem hoje como GRC, sua história começou em 2002, quando Michael Rasmussen, considerado o “pai da Governança, Risco e Compliance”, foi o primeiro a identificar e modelar a GRC. Seu objetivo era estabelecer um processo eficiente, consistente e sustentável para as empresas.

    A partir disso, ele estabeleceu a base para que empresas pudessem abordar temas como estratégia, processos e tecnologia de maneira mais completa e dinâmica. Então, o período de 2002 a 2007 ficou conhecido como GRC 1.0, que teve um foco muito grande na lei estadunidense Sarbanes-Oxley (SOX), que estabelece regras de governança para proteger os investidores contra fraudes financeiras.

    GRC 2.0

    A próxima era foi o GRC 2.0, de 2007 a 2012, também chamada de Enterprise GRC. Nessa época, a tecnologia estava se desenvolvendo rapidamente, o que levou muitas empresas a buscar um ponto comum entre informação e tecnologia para gerenciar os riscos, políticas e compliance.

    GRC 3.0

    Depois disso, de 2012 a 2017, surgiu o GRC 3.0, ou GRC Architecture. Com essa evolução, os sistemas de GRC passaram a se integrar com outros sistemas corporativos, e essa “arquitetura foi construída” para poder criar uma união estável e bem embasada entre eles.

    GRC 4.0

    Já de 2017 a 2021, tem-se o GRC 4.0, a Agile GRC, estágio onde a maioria das empresas ainda se encontram hoje. O Agile GRC nasceu a partir da necessidade de uma solução customizável de acordo com os requisitos de uma empresa.

    GRC 5.0

    Por fim, o GRC 5.0 (Cognitive GRC) é a fase de 2021 até o presente, que não só facilita o compliance, como também gera ações e soluções mais rapidamente. Entretanto, Michael Rasmussen já fala da próxima geração do GRC, aquela que será o GRC 6.0, ou Business Integrated & Aligned GRC. 

    Nessa nova era, o foco será no desenvolvimento da capacidade de uma empresa absorver choques e perdas sem perder sua performance. Para isso, é preciso incluir a essência do GRC dentro dos processos corporativos, o que permitirá à empresa acompanhar o ritmo dinâmico do mercado, tanto em suas altas como em suas baixas.

    Benefícios e possibilidades do GRC (Governança, Risco e Compliance)

    Ao adotar o melhor tipo de gestão de GRC para a sua empresa, é possível aumentar a eficiência de processos, além de melhorar a previsão de riscos e a gestão interna. Porém, pesquisas mostram que, até o final de 2024, quase metade das empresas (em torno de 48%) ainda não tinham processos formais de GRC.

    Além disso, como o nível de maturidade de uma empresa depende do quanto as responsabilidades de gestão estão divididas em áreas específicas ao invés de concentradas em uma figura central para tomada de decisões (geralmente o CEO), surge a importância, principalmente quando se fala em GRC, de ter um grupo dedicado exclusivamente ao assunto para a empresa poder se desenvolver.

    Assim, com a criação do que pode ser uma equipe, um comitê ou, até mesmo, a designação de uma pessoa responsável por GRC, é possível focar mais tempo e recursos em atividades específicas como análise e mitigação de riscos. A partir de então, surge uma nova visão, agora integrada, de possíveis riscos e ameaças a todo o ecossistema da empresa.

    Nesse contexto, torna-se viável também monitorar atividades do dia a dia que podem ser identificadas como gargalos e, por consequência, como geradoras de risco. Ainda mais, pode ser desenvolvido um sistema de documentação de processos de GRC e, utilizando do auxílio de ferramentas como a inteligência artificial, coletar dados e criar relatórios em tempo real.

    Dessa forma, qualquer que seja o formato da equipe de gestão de GRC, ela é essencial para atuar exclusivamente como contraponto de processos, tomadas de decisão e, até mesmo, pequenas atividades diárias que podem ter um grande impacto mais à frente. Assim, ao focar em mitigar riscos em todas as áreas, a gestão de GRC fornece uma visão panorâmica e estratégica da empresa, o que possibilita analisar pontos importantes que antes poderiam passar despercebidos.

    Conclusão

    Assim como a tecnologia avança desenfreadamente e as empresas buscam sempre estarem o mais atualizadas possíveis das novidades, é importante também garantir que o desenvolvimento da parte de gestão acompanhe esse crescimento. 

    E é nesse ponto que entra o GRC (Governança, Risco e Compliance), uma combinação poderosa de três conceitos essenciais para o bom funcionamento de uma corporação, unidos com o objetivo de fornecer uma visão completa e estratégica de todas as áreas que possam oferecer riscos.

    Portanto, as possibilidades de evolução e crescimento de uma empresa que sabe fazer uma boa gestão de GRC são inúmeras, pois os benefícios de um comitê focado no assunto vão desde o mais intuitivo, uma melhor gestão de riscos, até o aumento do grau de maturidade da empresa.

    Perguntas frequentes sobre GRC

    O que é GRC?

    GRC é a sigla para Governança, Risco e Compliance. Trata-se de uma abordagem integrada que ajuda as empresas a equilibrar criação de valor, mitigação de riscos e conformidade com normas legais e regulatórias.

    O que significa Governança, Risco e Compliance?
    • Governança: conjunto de princípios e regras que orientam decisões e responsabilidades dentro da empresa.
    • Risco: processo de identificação e controle de ameaças financeiras, jurídicas, operacionais e de segurança.
    • Compliance: conformidade com leis, normas e políticas internas para assegurar práticas éticas e sustentáveis.
    Como o GRC surgiu?

    O termo GRC foi modelado por Michael Rasmussen, considerado o “pai da Governança, Risco e Compliance”, em 2002. Ele criou um modelo para integrar estratégia, processos e tecnologia de forma mais eficiente nas empresas.

    Quais são as fases do GRC?

    O conceito evoluiu ao longo do tempo:

    • GRC 1.0 (2002–2007): foco em governança corporativa e na lei Sarbanes-Oxley (SOX).
    • GRC 2.0 (2007–2012): integração entre informação e tecnologia.
    • GRC 3.0 (2012–2017): criação de arquiteturas integradas.
    • GRC 4.0 (2017–2021): surgimento do Agile GRC, com soluções personalizadas.
    • GRC 5.0 (2021–atual): era do Cognitive GRC, que usa IA para ações rápidas e automatizadas.
    O que é o GRC 6.0?

    O GRC 6.0, também chamado de Business Integrated & Aligned GRC, é a próxima geração. Foca em resiliência corporativa — a capacidade de absorver choques e manter performance mesmo em cenários adversos.

    Quais são os benefícios das ações de GRC?

    Entre os principais benefícios estão:

    • Redução de riscos e perdas financeiras;
    • Aumento da eficiência operacional;
    • Melhoria na tomada de decisão;
    • Fortalecimento da reputação corporativa;
    • Aderência às normas legais e éticas;
    • Criação de valor sustentável para o negócio.
    Como posso implementar o GRC na minha empresa?

    A implantação pode começar pela criação de um comitê de GRC ou pela nomeação de um gestor responsável pela integração das três áreas. Também é importante adotar tecnologias que automatizem processos e permitam o monitoramento contínuo de riscos.

    O que diferencia o GRC de outras práticas de gestão?

    O diferencial é a integração — em vez de tratar governança, risco e compliance de forma isolada, o GRC unifica essas áreas, garantindo uma gestão mais estratégica e resiliente.

    💡 Quer saber mais sobre GRC? Confira as fontes consultadas para este artigo:

    Por Bruna Hartmann

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